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A exposição ACHA QUE MINTO? de Jimmie Durham, está patente ao público entre 7 de junho e 30 de agosto.

Com curadoria de Delfim Sardo, a exposição integra-se no projeto Reação em Cadeia que prevê que os artistas, em reflexão com o curador, convidem sucessivamente os próximos, numa reação em cadeia geradora de amplas ligações artísticas.

A Fidelidade Arte continua o projeto Reação em Cadeia, resultado da colaboração com a Culturgest, com a apresentação de uma exposição de Jimmie Durham, artista que recebeu recentemente aquele que é o mais significativo prémio de artes plásticas do mundo, o Leão de Ouro pelo conjunto da sua obra, atribuído pela Bienal de Veneza.

Jimmie Durham  é um artista norte-americano cujo percurso cruza a poesia, o ativismo político e a prática artística, numa enorme coerência que tem dado novos sentidos à relação entre política e poética.

A exposição Acha que minto? que apresenta no projeto Reação em Cadeia, retoma a exposição intitulada História Concisa de Portugal que o artista apresentou em 1995, na Galeria Módulo. Uma das primeiras exposições depois de se mudar definitivamente para a Europa, em 1994, esta foi a primeira presença do seu trabalho em Portugal e que viria a ser central no seu percurso.
Inspiradas na obra O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago (que Durham considera um livro de referência para si próprio e para a história do século XX), as obras incluem citações do texto que, dactilografadas ou manuscritas, integram individualmente cada uma das peças, não se constituindo, no entanto, como metáforas ou ilustrações.

Para além das peças de 1995, o artista apresenta uma obra sonora, (SONG NC SHARP, 2006), que passou um longo período sem ser mostrada, e uma peça nova. A primeira regista o som de vidros a quebrarem, copos atirados contra o chão ou a parede pela mão do próprio artista; a segunda é uma escultura especificamente concebida para este projeto, que inclui pedras semipreciosas colecionadas por Durham ao longo dos anos.

No seu conjunto, estas obras retomam as temáticas que o artista tem vindo a desenvolver: a quebra, o estilhaçar do mundo e, simultaneamente, o seu encantamento assente no acidente, e as políticas de representação identitária.

Acha que minto? constitui, desta forma, não só a recuperação de um momento importante no percurso de Jimmie Durham, mas também uma ponte em relação ao seu trabalho presente, demonstrando a sua aguda atualidade.

Jimmie Durham (E.U.A., 1940) iniciou o seu percurso como ativista político, poeta e performer muito jovem, no início da década de 1960. Em 1969, já em Genebra, estudou escultura e performance na École National Supèrieure des Beaux Arts.

Este ano ganhou, na 58ª Bienal de Veneza, o Leão de Ouro pelo conjunto da sua obra.

Esta exposição é o segundo momento do ciclo Reação em Cadeia, uma colaboração entre a Fidelidade Arte e a Culturgest, com curadoria de Delfim Sardo, que propõe aos artistas participantes a colaboração no convite ao artista que lhes sucede. O ciclo, apresentado no espaço da Fidelidade no Largo do Chiado, em Lisboa e, posteriormente, na Culturgest no Porto, implica sempre uma estreita adequação do projeto às galerias, em diferentes declinações em cada um dos espaços. Jimmie Durham foi o artista proposto por Ângela Ferreira (Maputo, 1958), que o antecedeu, sendo Elisa Strinna (Pádua, 1982) a artista que lhe sucederá.

No final de cada ano, será publicado um livro que compilará a memória dos três projetos do ano, com extensa documentação sobre o seu desenvolvimento.

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