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A exposição “Sol Cego”, de Elisa Strinna, está patente ao público entre 20 de setembro de 2019 e 3 de janeiro de 2020.

Com curadoria de Delfim Sardo, a exposição integra-se no projeto Reação em Cadeia que prevê que os artistas, em reflexão com o curador, convidem sucessivamente os próximos, numa reação em cadeia geradora de amplas ligações artísticas.

A Fidelidade Arte continua o projeto reação em cadeia, resultado da colaboração com a Culturgest, com a apresentação de “Sol Cego” da autoria de Elisa Strinna, exposição que marca a primeira presença da artista em Portugal.

Com um trabalho que atravessa diferentes suportes e procedimentos, desde a escultura, performance ou vídeo, ao trabalho sonoro, Strinna tem vindo a desenvolver diferentes abordagens às questões de circulação de informação e de energia, procurando compreender as redes invisíveis de organização do mundo.

Na instalação que concebeu especificamente para este projeto, a artista partiu do trabalho que desenvolveu e produziu durante um ano, no contexto de uma residência artística (2018/2019) na Jan van Eyck Academie, em Maastricht, tendo agora expandido o seu âmbito. O ponto de partida da sua pesquisa foram as redes de cabos subaquáticos que atravessam o oceano e transportam informação.

As esculturas – algumas das quais realizadas no Departamento de Cerâmica do Ar.Co – Centro de Arte & Comunicação Visual, em Lisboa e na Fábrica Bordallo Pinheiro, nas Calda da Rainha – parecem possuir uma qualidade intemporal e um estatuto indefinido, como se tivessem sobrevivido à usura do tempo e ao desgaste da sua origem dúbia. Nas palavras da própria artista, é quase como se uma “terceira natureza” aqui surgisse, indiscernível na simbiose entre o orgânico e o artificial.

A exposição inclui, ainda, duas obras novas: uma peça sonora e um vídeo. A obra sonora Blind Sun, 2019 dá seguimento ao trabalho da artista acerca da transcrição de informação em partituras para serem interpretadas por instrumentistas ou cantores. O trabalho videográfico Unproductive Glory, 2019 resulta de um processo de destruição por explosão de um conjunto de cabos numa instalação elétrica. Quase com um humor corrosivo, a falha ou o fracasso da comunicação ou das redes de transmissão de dados são ironizados num filme que só parece mostrar o erro.

Elisa Strinna (Pádua, 1982) tem exposto em vários locais como Hong-Gah Museum em Taipei (Taiwan, 2018), Mart Museum em Rovereto (Itália, 2015), Giardini Greenhouse da Bienal de Veneza (Itália, 2015), MAXXI Museum (Itália, 2014), Espai d’Art Contemporani de Castelló (Espanha, 2013), Bienal de Taipei 2012 (Taiwan, 2012), Macro, Roma (Itália, 2011), Fondazione Sandretto Re Rebaudengo em Guarene (Itália, 2009), entre outros.

Com curadoria de Delfim Sardo, esta exposição é o terceiro momento do ciclo Reação em Cadeia, que resulta da colaboração entre a Fidelidade Arte e a Culturgest, que propõe aos artistas participantes a colaboração no convite ao artista que lhes sucede. Elisa Strinna (Pádua, 1982) foi proposta por Jimmie Durham (E.U.A., 1940), o artista que a antecedeu, que por sua vez foi proposto por Ângela Ferreira (Maputo, 1958), a primeira artista a expor na Fidelidade Arte sob este novo conceito.

Cada ano contará com intervenções de três artistas, que conhecerão diferentes declinações em cada espaço, nomeadamente com a presença de obras diferentes, resultado de profundas adaptações dos projetos à diferente natureza das duas galerias.

No final de cada ano, será publicado um livro que compilará a memória dos três projetos do ano, com extensa documentação sobre o seu desenvolvimento.

 

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