OLISIPO, Revista – Ano 20º – Nº 79, Mário Costa – “O Palácio do Loreto”
ROMÃO, Arez – Revista CONTACTO – Boletim Informativo da Mundial Confiança, 20 de Maio de 1984
BOBONE, Carlos / GALVÃO-TELLES, João / CORREIA DE MATOS, Lourenço – Pinto Basto/um quarto de milénio a marcar a economia portuguesa
Diário Illustrado – 12 setembro 1873
Diário Illustrado, 23 outubro 1874
Blog “Lisboa de Antigamente”
ARAÚJO, Norberto – “Peregrinações em Lisboa”
Arquivo histórico da Fidelidade
Diversos sites
Notas
A designação “Largo do Chiado” data de 1925 (Editais camarários de 28 de abril e 19 de maio), após a colocação da estátua do poeta jocoso e satírico do Sec. XVI, António Ribeiro , “o Chiado”, estátua da autoria do escultor Costa Mota (tio).
Na data de fundação do palácio, já existia, desde 1771, no largo fronteiro, então designado Largo do Loreto, o Chafariz do Loreto, também chamado Chafariz de Neptuno e Chafariz dos Galegos. A estátua de Neptuno que ornamentava o chafariz era da autoria do escultor Joaquim Machado de Castro, o também autor da estátua equestre de D. José, no Terreiro do Paço. Curiosamente, o principal financiador da obra foi Anselmo José da Cruz, futuro Barão de Sobral, cujos herdeiros foram os principais acionistas da Companhia de Seguros Bonança, em 1808. O chafariz viria a ser desmantelado e retirado em 1854 e a estátua de Neptuno, após passagem por vários depósitos da CML, viria a ser colocada inicialmente na Praça do Chile, em 1949 e finalmente seria instalada no lago da Praça D. Estefânia, onde ainda hoje se mantém. Antes de 1755, tinha havido um projeto do Arquiteto Carlos Mardel para um outro chafariz, que não chegou a avançar, devido ao terramoto.
Embora haja versões diferentes relativamente à data de aquisição do palácio pelo industrial José Ferreira Pinto Basto, tudo aponta para que essa data seja 1820, ou até anterior. Com efeito, sabendo-se que Pinto Basto terá vindo do Porto para Lisboa com a sua numerosa família, em 1817, o mais provável é que a aquisição do palácio tenha ocorrido em data próxima dessa vinda para a capital. O facto de entre 1820 e 1822 José Ferreira Pinto Basto ter instalado nos jardins do palácio um pequeno laboratório químico, a fim de descobrir barros com os requisitos necessários para a produção de porcelana, significa que nessa data já residiria há algum tempo naquele espaço. Por outro lado, sendo a decoração dos tetos atribuída ao pintor Cyrillo Volkmar Machado, que faleceu em 1823, significa que as obras do andar nobre já estariam concluídas nessa altura.
A Avenida 24 de Julho deve o seu nome à data de entrada vitoriosa das tropas liberais em Lisboa, no dia 24 de julho de 1833.